2.6.05
1789 E DEPOIS - Acabei de assistir a um filme a'chentino - Lugares Comuns* - e convido meu chapa, o Qorzi, a fazer o mesmo. O Drão e a Nibelunga estão igualmente convidados. Mas com eles eu não teria a oportunidade de parecer sagaz, ou pelo menos chegado daquele tal "espírito dos tempos", coisa que nos aflige e nos torna, por assim dizer, companheiros de trabalho. Não quero que você preste atenção no protagonista, que é professor de literatura aposentado como seremos e doente como eu posso estar daqui a uns 40 ou 50 anos - talvez menos - caso não tome as devidas providências. Concentre-se, primeiro, na cena do jantar. 
Fernando Robles está acima e à esquerda, acompanhado de sua mujer, professora da rede pública, Lili. À direita estão Carlos, amigo e advogado, e Natasha, estagiária e namorada.
Após concluir que há um assassino sem rosto e sem corpo a matar-nos todos, ele resolve arrolar as razões que o reitor da universidade havia usado para lhe dar a compulsória - certamente ideológicas - com as quais o amigo advogado se vê forçado a concordar com a máscara do eufemismo. Fernando Robles, nosso protagonista, havia parado no tempo. Com isso. Fernando faz questão de concordar, lançando a pergunta - em que tempo? Obviamente, o amigo citará aquellos años 60, los marxistas, coisa que lembra outros filmes, filmes até indulgentes, cheios de nostalgia e caricatura. Fernando, contudo, honra este amigo que vos fala e responde: 1789.
Qorzi, você bem sabe que parei minhas divagações no absolutismo a pleno vapor (XVII), parte dos meus modos um tanto derrotados. Mas mesmo a derrota (que ganha uma plantação de alfazemas "em homenagem à Revolução Francesa", parte do estilo "Carga Pesada" que o casal adotará a partir da falência) será bem colocada no filme. O tempo é esotérico, chapa. Nele, a lucidez só pode se verter em limbo. Ou na esperança de que, pelo menos, na mejor das perspectivas, a História (dá-lhe falta de educação, Pâncreas!)** não se repita.
* Para os que gostam de fichas técnicas, aí vai: Lugares Comunes. Espanha/Argentina, 2003. Direção: Adolfo Aristarain. Roteiro: Adolfo Aristarain, baseado em livro de Lorenzo F. Aristarain, El Renascimiento. Com Federico Luppi (Fernando Robles) , Mercedes Sampietro (Lili), Arturo Puig, Carlos Santamaría (Pedro, filho de Fernando e Lili), Valentina Bassi, María Fiorentino, Claudio Rissi, Osvaldo Santoro, José Soriano. Mais uma vez, fica a sugestão de comparação com As Invasões Bárbaras (aquele filme "nostálgico" e "caricato") que estava em cartaz há uns dois ou três anos, do qual vemos o mesmo conflito geracional entre pai e filho, que no caso não é investidor em Nova York, mas executivo da Informática em Madri. Particularmente, acho Lugares Comuns mais bem resolvido.
** Para os que se ofendem com esse palavriado chulo, peço que substituam mentalmente "H****ria" por "Super Xuxa Contra o Baixo Astral" ou somente "Guilherme Karan", que nos dá igual idéia de horror sem tamanhas baixezas.

Fernando Robles está acima e à esquerda, acompanhado de sua mujer, professora da rede pública, Lili. À direita estão Carlos, amigo e advogado, e Natasha, estagiária e namorada.
Qorzi, você bem sabe que parei minhas divagações no absolutismo a pleno vapor (XVII), parte dos meus modos um tanto derrotados. Mas mesmo a derrota (que ganha uma plantação de alfazemas "em homenagem à Revolução Francesa", parte do estilo "Carga Pesada" que o casal adotará a partir da falência) será bem colocada no filme. O tempo é esotérico, chapa. Nele, a lucidez só pode se verter em limbo. Ou na esperança de que, pelo menos, na mejor das perspectivas, a História (dá-lhe falta de educação, Pâncreas!)** não se repita.
* Para os que gostam de fichas técnicas, aí vai: Lugares Comunes. Espanha/Argentina, 2003. Direção: Adolfo Aristarain. Roteiro: Adolfo Aristarain, baseado em livro de Lorenzo F. Aristarain, El Renascimiento. Com Federico Luppi (Fernando Robles) , Mercedes Sampietro (Lili), Arturo Puig, Carlos Santamaría (Pedro, filho de Fernando e Lili), Valentina Bassi, María Fiorentino, Claudio Rissi, Osvaldo Santoro, José Soriano. Mais uma vez, fica a sugestão de comparação com As Invasões Bárbaras (aquele filme "nostálgico" e "caricato") que estava em cartaz há uns dois ou três anos, do qual vemos o mesmo conflito geracional entre pai e filho, que no caso não é investidor em Nova York, mas executivo da Informática em Madri. Particularmente, acho Lugares Comuns mais bem resolvido.
** Para os que se ofendem com esse palavriado chulo, peço que substituam mentalmente "H****ria" por "Super Xuxa Contra o Baixo Astral" ou somente "Guilherme Karan", que nos dá igual idéia de horror sem tamanhas baixezas.
1789 E DEPOIS - Acabei de assistir a um filme a'chentino - Lugares Comuns* - e convido meu chapa, o Qorzi, a fazer o mesmo. O Drão e a Nibelunga estão igualmente convidados. Mas com eles eu não teria a oportunidade de parecer sagaz, ou pelo menos chegado daquele tal "espírito dos tempos", coisa que nos aflige e nos torna, por assim dizer, companheiros de trabalho. Não quero que você preste atenção no protagonista, que é professor de literatura aposentado como seremos e doente como eu posso estar daqui a uns 40 ou 50 anos - talvez menos - caso não tome as devidas providências. Concentre-se, primeiro, na cena do jantar. 
Fernando Robles está acima e à esquerda, acompanhado de sua mujer, professora da rede pública, Lili. À direita estão Carlos, amigo e advogado, e Natasha, estagiária e namorada.
Após concluir que há um assassino sem rosto e sem corpo a matar-nos todos, ele resolve arrolar as razões que o reitor da universidade havia usado para lhe dar a compulsória - certamente ideológicas - com as quais o amigo advogado se vê forçado a concordar com a máscara do eufemismo. Fernando Robles, nosso protagonista, havia parado no tempo. Com isso. Fernando faz questão de concordar, lançando a pergunta - em que tempo? Obviamente, o amigo citará aquellos años 60, los marxistas, coisa que lembra outros filmes, filmes até indulgentes, cheios de nostalgia e caricatura. Fernando, contudo, honra este amigo que vos fala e responde: 1789.
Qorzi, você bem sabe que parei minhas divagações no absolutismo a pleno vapor (XVII), parte dos meus modos um tanto derrotados. Mas mesmo a derrota (que ganha uma plantação de alfazemas "em homenagem à Revolução Francesa", parte do estilo "Carga Pesada" que o casal adotará a partir da falência) será bem colocada no filme. O tempo é esotérico, chapa. Nele, a lucidez só pode se verter em limbo. Ou na esperança de que, pelo menos, na mejor das perspectivas, a História (dá-lhe falta de educação, Pâncreas!)** não se repita.
* Para os que gostam de fichas técnicas, aí vai: Lugares Comunes. Espanha/Argentina, 2003. Direção: Adolfo Aristarain. Roteiro: Adolfo Aristarain, baseado em livro de Lorenzo F. Aristarain, El Renascimiento. Com Federico Luppi (Fernando Robles) , Mercedes Sampietro (Lili), Arturo Puig, Carlos Santamaría (Pedro, filho de Fernando e Lili), Valentina Bassi, María Fiorentino, Claudio Rissi, Osvaldo Santoro, José Soriano. Mais uma vez, fica a sugestão de comparação com As Invasões Bárbaras (aquele filme "nostálgico" e "caricato") que estava em cartaz há uns dois ou três anos, do qual vemos o mesmo conflito geracional entre pai e filho, que no caso não é investidor em Nova York, mas executivo da Informática em Madri. Particularmente, acho Lugares Comuns mais bem resolvido.
** Para os que se ofendem com esse palavriado chulo, peço que substituam mentalmente "H****ria" por "Super Xuxa Contra o Baixo Astral" ou somente "Guilherme Karan", que nos dá igual idéia de horror sem tamanhas baixezas.

Fernando Robles está acima e à esquerda, acompanhado de sua mujer, professora da rede pública, Lili. À direita estão Carlos, amigo e advogado, e Natasha, estagiária e namorada.
Qorzi, você bem sabe que parei minhas divagações no absolutismo a pleno vapor (XVII), parte dos meus modos um tanto derrotados. Mas mesmo a derrota (que ganha uma plantação de alfazemas "em homenagem à Revolução Francesa", parte do estilo "Carga Pesada" que o casal adotará a partir da falência) será bem colocada no filme. O tempo é esotérico, chapa. Nele, a lucidez só pode se verter em limbo. Ou na esperança de que, pelo menos, na mejor das perspectivas, a História (dá-lhe falta de educação, Pâncreas!)** não se repita.
* Para os que gostam de fichas técnicas, aí vai: Lugares Comunes. Espanha/Argentina, 2003. Direção: Adolfo Aristarain. Roteiro: Adolfo Aristarain, baseado em livro de Lorenzo F. Aristarain, El Renascimiento. Com Federico Luppi (Fernando Robles) , Mercedes Sampietro (Lili), Arturo Puig, Carlos Santamaría (Pedro, filho de Fernando e Lili), Valentina Bassi, María Fiorentino, Claudio Rissi, Osvaldo Santoro, José Soriano. Mais uma vez, fica a sugestão de comparação com As Invasões Bárbaras (aquele filme "nostálgico" e "caricato") que estava em cartaz há uns dois ou três anos, do qual vemos o mesmo conflito geracional entre pai e filho, que no caso não é investidor em Nova York, mas executivo da Informática em Madri. Particularmente, acho Lugares Comuns mais bem resolvido.
** Para os que se ofendem com esse palavriado chulo, peço que substituam mentalmente "H****ria" por "Super Xuxa Contra o Baixo Astral" ou somente "Guilherme Karan", que nos dá igual idéia de horror sem tamanhas baixezas.
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