13.6.05
YOU DON'T KNOW WHAT LOVE IS... - Minha qualificação acabou no exato momento em que fui acusado, por um dos integrantes da banca, de não amar o autor que estudava. Não bastasse mãe, irmãs e namorada, a ala feminina da banca resolve se ofender com meus "modos frívolos". Graças a Deus, nenhuma delas estava assistindo. Pois era bem possível que uma delas se levantasse e começasse a ladainha, incitada por mamãe, obviamente - "esse menino é um gelo" -, acompanhada da segunda voz das maninhas e do discurso da namorada, que não recebe flores, não ganha surpresas e não dorme quentinha.
Na hora, expulsei as quatro da memória e comecei a observar os modos da ala, que estava bastante incomodada com meus métodos. Não que ela discordasse. Ela não discordava. Mas estava incomodada. Anotei o que pude e, logo que a palavra me foi permitida, a acalmei. Passada a avaliação, conversamos um pouco no corredor e ela me falava de suas dificuldades com o estudo da literatura contemporânea (leia-se: quotidianista), assunto do qual tratei em postagem anterior. Do encontro, algumas perguntas ficaram martelando meu fim-de-semana. Em que momento os críticos resolveram acreditar que a Literatura dá sempre a última palavra? Que acontecimentos levaram a Literatura a formular abusos e correr para a Delegacia da Mulher alegando maus tratos? E pior: por que o Crítico jamais se defendeu de tais acusações? Há uns tempos atrás, esse foi um casal bastante comunicativo. Suas realizações são tudo o que nos resta. Contudo, após a briga, escritores recalcados só lêem verso e prosa; os críticos que não escutam somente seus irmãos e insistem na "organização da vida literária" tentam escamotear a crise, mudar de assunto e tratam a Literatura de modo servil, atendendo a todos os seus caprichos. Da minha parte, não vejo nada mais digno de pena do que um casal que se assemelha. É a prova cabal do tolhimento. No presente caso, é como ler crítica floreada e literatura metalingüística, gêneros que no decorrer de três páginas já são capazes de mostrar como anda forte a arte da caricatura.
Meu leitor quotidianista pode até me achar retrógrado: ómi é ómi, muié é muié. Mas nós não precisamos de mais confusão. Por enquanto, basta lembrar que esse foi um casal bastante promissor. Se eu não sei o que é o amor, vocês sabem como continua a canção.
Na hora, expulsei as quatro da memória e comecei a observar os modos da ala, que estava bastante incomodada com meus métodos. Não que ela discordasse. Ela não discordava. Mas estava incomodada. Anotei o que pude e, logo que a palavra me foi permitida, a acalmei. Passada a avaliação, conversamos um pouco no corredor e ela me falava de suas dificuldades com o estudo da literatura contemporânea (leia-se: quotidianista), assunto do qual tratei em postagem anterior. Do encontro, algumas perguntas ficaram martelando meu fim-de-semana. Em que momento os críticos resolveram acreditar que a Literatura dá sempre a última palavra? Que acontecimentos levaram a Literatura a formular abusos e correr para a Delegacia da Mulher alegando maus tratos? E pior: por que o Crítico jamais se defendeu de tais acusações? Há uns tempos atrás, esse foi um casal bastante comunicativo. Suas realizações são tudo o que nos resta. Contudo, após a briga, escritores recalcados só lêem verso e prosa; os críticos que não escutam somente seus irmãos e insistem na "organização da vida literária" tentam escamotear a crise, mudar de assunto e tratam a Literatura de modo servil, atendendo a todos os seus caprichos. Da minha parte, não vejo nada mais digno de pena do que um casal que se assemelha. É a prova cabal do tolhimento. No presente caso, é como ler crítica floreada e literatura metalingüística, gêneros que no decorrer de três páginas já são capazes de mostrar como anda forte a arte da caricatura.
Meu leitor quotidianista pode até me achar retrógrado: ómi é ómi, muié é muié. Mas nós não precisamos de mais confusão. Por enquanto, basta lembrar que esse foi um casal bastante promissor. Se eu não sei o que é o amor, vocês sabem como continua a canção.
YOU DON'T KNOW WHAT LOVE IS... - Minha qualificação acabou no exato momento em que fui acusado, por um dos integrantes da banca, de não amar o autor que estudava. Não bastasse mãe, irmãs e namorada, a ala feminina da banca resolve se ofender com meus "modos frívolos". Graças a Deus, nenhuma delas estava assistindo. Pois era bem possível que uma delas se levantasse e começasse a ladainha, incitada por mamãe, obviamente - "esse menino é um gelo" -, acompanhada da segunda voz das maninhas e do discurso da namorada, que não recebe flores, não ganha surpresas e não dorme quentinha.
Na hora, expulsei as quatro da memória e comecei a observar os modos da ala, que estava bastante incomodada com meus métodos. Não que ela discordasse. Ela não discordava. Mas estava incomodada. Anotei o que pude e, logo que a palavra me foi permitida, a acalmei. Passada a avaliação, conversamos um pouco no corredor e ela me falava de suas dificuldades com o estudo da literatura contemporânea (leia-se: quotidianista), assunto do qual tratei em postagem anterior. Do encontro, algumas perguntas ficaram martelando meu fim-de-semana. Em que momento os críticos resolveram acreditar que a Literatura dá sempre a última palavra? Que acontecimentos levaram a Literatura a formular abusos e correr para a Delegacia da Mulher alegando maus tratos? E pior: por que o Crítico jamais se defendeu de tais acusações? Há uns tempos atrás, esse foi um casal bastante comunicativo. Suas realizações são tudo o que nos resta. Contudo, após a briga, escritores recalcados só lêem verso e prosa; os críticos que não escutam somente seus irmãos e insistem na "organização da vida literária" tentam escamotear a crise, mudar de assunto e tratam a Literatura de modo servil, atendendo a todos os seus caprichos. Da minha parte, não vejo nada mais digno de pena do que um casal que se assemelha. É a prova cabal do tolhimento. No presente caso, é como ler crítica floreada e literatura metalingüística, gêneros que no decorrer de três páginas já são capazes de mostrar como anda forte a arte da caricatura.
Meu leitor quotidianista pode até me achar retrógrado: ómi é ómi, muié é muié. Mas nós não precisamos de mais confusão. Por enquanto, basta lembrar que esse foi um casal bastante promissor. Se eu não sei o que é o amor, vocês sabem como continua a canção.
Na hora, expulsei as quatro da memória e comecei a observar os modos da ala, que estava bastante incomodada com meus métodos. Não que ela discordasse. Ela não discordava. Mas estava incomodada. Anotei o que pude e, logo que a palavra me foi permitida, a acalmei. Passada a avaliação, conversamos um pouco no corredor e ela me falava de suas dificuldades com o estudo da literatura contemporânea (leia-se: quotidianista), assunto do qual tratei em postagem anterior. Do encontro, algumas perguntas ficaram martelando meu fim-de-semana. Em que momento os críticos resolveram acreditar que a Literatura dá sempre a última palavra? Que acontecimentos levaram a Literatura a formular abusos e correr para a Delegacia da Mulher alegando maus tratos? E pior: por que o Crítico jamais se defendeu de tais acusações? Há uns tempos atrás, esse foi um casal bastante comunicativo. Suas realizações são tudo o que nos resta. Contudo, após a briga, escritores recalcados só lêem verso e prosa; os críticos que não escutam somente seus irmãos e insistem na "organização da vida literária" tentam escamotear a crise, mudar de assunto e tratam a Literatura de modo servil, atendendo a todos os seus caprichos. Da minha parte, não vejo nada mais digno de pena do que um casal que se assemelha. É a prova cabal do tolhimento. No presente caso, é como ler crítica floreada e literatura metalingüística, gêneros que no decorrer de três páginas já são capazes de mostrar como anda forte a arte da caricatura.
Meu leitor quotidianista pode até me achar retrógrado: ómi é ómi, muié é muié. Mas nós não precisamos de mais confusão. Por enquanto, basta lembrar que esse foi um casal bastante promissor. Se eu não sei o que é o amor, vocês sabem como continua a canção.
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