14.11.05

O PAGANINI DAS SELVAS PARAGUAIAS OU... - O guarani que tangia o alaúde. Se eu voltasse aos primódios da minha educação literária, lá naqueles mal fadados cursos de literatura brasileira, teria refeito meu trabalho sobre a poesia de Mário de Andrade argumentando que aquele tupi era, na verdade, o retrato fiel de Agustin Mangoré Barrios, violonista paraguaio
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que com retratos como esse fazia a promoção de seu concertos em toda a América Latina e Europa.
Antes que vocês comecem a pensar que esse sujeito é só uma versão primitiva daquelas duplas de guarânia indígenas ou de bolivianos difusores da flauta andina, é bom que saibam que Barrios foi um dos violonistas mais fodidos de seu tempo. Nasceu em 1885, viveu muito tempo no Brasil (curiosamente durante quase toda a década de 20), tocou pelo país inteiro, selva adentro, sertão afora, invadindo teatros e cinemas e casas de família com modelitos como esse ou mesmo em versões comportadíssimas, de terno, gravata e bigodes encerados.
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Programa de concerto de Barrios. Depois de viajar o Brasil inteiro, Barrios começou a excursionar pela América Latina e chegou à Europa um pouco antes da Segunda Guerra. Voltando à América, sofreu um enfarto em El Salvador e por lá ficou, dando aulas num Conservatório local até morrer, em 1944.
É claro que eu poderia selecionar aqui as fotos sérias do cara. O problema é que vocês só teriam a imagem de um instrumentista querendo granjear algum valor clássico e polido para seu instrumento de malandro, o que outros fizeram com maior sucesso. Apesar do cocar, Barrios estava atento ao crescimento do repertório do violão, num tempo em que as transcrições de alaúde eram parcas e o instrumento contava basicamente com peças românticas. Também escreveu muito, embora suas partituras tenham se perdido nos bares da vida e na mão de amigos. Tocou os compositores modernos e foi um dos primeiros a tocar uma suíte para alaúde de Bach integralmente.
Bom, vocês conheciam o verso. Eu lhes mostrei a verdade. Agora preciso trabalhar. Abraço.

O PAGANINI DAS SELVAS PARAGUAIAS OU... - O guarani que tangia o alaúde. Se eu voltasse aos primódios da minha educação literária, lá naqueles mal fadados cursos de literatura brasileira, teria refeito meu trabalho sobre a poesia de Mário de Andrade argumentando que aquele tupi era, na verdade, o retrato fiel de Agustin Mangoré Barrios, violonista paraguaio
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que com retratos como esse fazia a promoção de seu concertos em toda a América Latina e Europa.
Antes que vocês comecem a pensar que esse sujeito é só uma versão primitiva daquelas duplas de guarânia indígenas ou de bolivianos difusores da flauta andina, é bom que saibam que Barrios foi um dos violonistas mais fodidos de seu tempo. Nasceu em 1885, viveu muito tempo no Brasil (curiosamente durante quase toda a década de 20), tocou pelo país inteiro, selva adentro, sertão afora, invadindo teatros e cinemas e casas de família com modelitos como esse ou mesmo em versões comportadíssimas, de terno, gravata e bigodes encerados.
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Programa de concerto de Barrios. Depois de viajar o Brasil inteiro, Barrios começou a excursionar pela América Latina e chegou à Europa um pouco antes da Segunda Guerra. Voltando à América, sofreu um enfarto em El Salvador e por lá ficou, dando aulas num Conservatório local até morrer, em 1944.
É claro que eu poderia selecionar aqui as fotos sérias do cara. O problema é que vocês só teriam a imagem de um instrumentista querendo granjear algum valor clássico e polido para seu instrumento de malandro, o que outros fizeram com maior sucesso. Apesar do cocar, Barrios estava atento ao crescimento do repertório do violão, num tempo em que as transcrições de alaúde eram parcas e o instrumento contava basicamente com peças românticas. Também escreveu muito, embora suas partituras tenham se perdido nos bares da vida e na mão de amigos. Tocou os compositores modernos e foi um dos primeiros a tocar uma suíte para alaúde de Bach integralmente.
Bom, vocês conheciam o verso. Eu lhes mostrei a verdade. Agora preciso trabalhar. Abraço.

2 Comments:

At 5:51 AM, Blogger Camila Rodrigues said...

Obrigada pela VERDADE, mestre! Era disso queeu estva precisando!

Em tempo: por que você mantém essa verificação de palavras?
A coisa mais legal do seu blo eram os spam's... nem vou mais vir aqui ler, sem eles!

 
At 3:35 PM, Blogger Camila Rodrigues said...

tá vivo ainda?

 

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